O encontro de ministros das Relações Exteriores do G20, que acontecerá em Joanesburgo, contará com a presença de diplomatas de diversas nações, como o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, e o da China, Wang Yi. No entanto, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, não participará devido a tensões diplomáticas entre os Estados Unidos e a África do Sul. A decisão ocorre após um decreto do presidente norte-americano, Donald Trump, que suspendeu a ajuda externa ao país africano devido a uma lei que os EUA consideram discriminatória em relação à minoria branca. Além disso, a posição da África do Sul sobre Israel no Tribunal Internacional de Justiça também gerou discordâncias.
Embora a ausência de Rubio seja vista como um afastamento simbólico, o embaixador interino dos EUA na África do Sul, Dana Brown, representará o país no evento. A União Europeia, a ONU e a União Africana também estarão presentes, e o ministro das Relações Exteriores da África do Sul, Ronald Lamola, destacou que a falta de Rubio não significa um boicote total ao país anfitrião. O encontro será marcado pelo tema “Solidariedade, Igualdade e Sustentabilidade”, abordando questões de diversidade e inclusão, tópicos que encontram resistência por parte da atual administração dos EUA.
A ausência do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, na próxima reunião de ministros das finanças, prevista para a semana seguinte, é vista como outro indicativo do afastamento dos EUA do G20. O analista político Daniel Bradlow apontou que a não participação de Bessent reforçaria a ideia de um distanciamento mais amplo da diplomacia americana em relação à África do Sul, refletindo a crescente tensão nas relações internacionais. A presidência do G20 será assumida pelos Estados Unidos em 2026, após o mandato sul-africano, o que pode mudar o cenário político e diplomático entre os dois países.