A tumba do faraó Tutmés II, da 18ª dinastia, foi identificada por arqueólogos na região do Monte de Tebas, perto de Luxor, encerrando uma busca que durou séculos. A descoberta acontece mais de um século após sua múmia ter sido encontrada, oculta por sacerdotes em Deir el-Bahari após saques no túmulo original. Tutmés II, que governou de 1493 a.C. a 1479 a.C., é conhecido por suas conquistas militares e legados arquitetônicos, mas sua sepultura permanecia um mistério até agora.
A entrada do túmulo foi localizada há três anos, inicialmente confundida com a de uma rainha. A confirmação de sua identidade foi feita a partir de vasos de alabastro encontrados no local, com inscrições de seu nome e título. Embora o túmulo tenha sofrido danos devido a uma inundação antiga, fragmentos do “Livro de Imydwat”, um guia espiritual para a vida após a morte, foram recuperados, fornecendo informações valiosas sobre os rituais fúnebres do faraó.
A descoberta, a primeira de uma tumba real no Egito desde a de Tutancâmon em 1922, reforça a importância histórica da 18ª dinastia. A múmia de Tutmés II encontra-se atualmente no Museu Nacional da Civilização Egípcia, no Cairo. Sua sepultura continua sendo estudada, oferecendo novas pistas sobre o poder e os conflitos do Egito Antigo, e também revela o papel de sua esposa Hatshepsut, que provavelmente liderou os rituais fúnebres após sua morte.