A Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) está considerando assumir uma participação majoritária nas fábricas da Intel nos Estados Unidos, após um pedido da administração Trump, com o objetivo de fortalecer a manufatura americana e a liderança dos EUA em tecnologias críticas. A proposta, que está em estágio inicial, foi discutida em reuniões entre autoridades de Washington e a TSMC, que demonstrou interesse na ideia. O projeto envolveria a TSMC operando as fábricas de semicondutores da Intel nos EUA, possivelmente com o apoio de grandes empresas americanas e do governo dos EUA, a fim de evitar que o empreendimento ficasse exclusivamente nas mãos de uma empresa estrangeira.
A parceria busca enfrentar a deterioração financeira da Intel, que vem perdendo terreno para rivais e enfrentando dificuldades em atrair clientes externos. A empresa também está pressionada a reduzir custos e cortar empregos. Embora a Intel tenha se comprometido a investir em fábricas no território americano, as negociações com a TSMC indicam uma possível reestruturação estratégica da produção de chips, algo que se alinha aos interesses da administração Trump, que busca garantir a fabricação de semicondutores nos EUA, especialmente no contexto da competição com a China.
Essa discussão também ocorre em um momento crítico para a Intel, após a saída de seu CEO, Pat Gelsinger, que não conseguiu implementar com sucesso um plano de recuperação. A TSMC, por sua vez, sempre foi uma parceira importante para empresas como a Apple e a Nvidia, e a ideia de expandir sua presença nos EUA vem ganhando força, principalmente após a aprovação da Lei de Chips e Ciência dos EUA, que concedeu bilhões em subsídios para apoiar fábricas da TSMC no país. A possível parceria com a Intel representa uma mudança na postura da TSMC, que, até recentemente, se mostrava relutante em entrar em acordos desse tipo.