O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que colocará os funcionários da USaid (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) em licença administrativa a partir de sexta-feira (7 de fevereiro de 2025), exceto aqueles responsáveis por funções críticas. A agência está preparando um plano para que seus trabalhadores no exterior retornem aos Estados Unidos dentro de 30 dias. Caso não ocupem posições essenciais, seus contratos serão rescindidos. A USaid, que responde por cerca de 40% da ajuda humanitária global, está sendo investigada pelo Departamento de Eficiência Governamental (Doge), co-liderado por Elon Musk.
Elon Musk, no mesmo dia do anúncio, manifestou a intenção de fechar a USaid, alegando críticas à alocação de recursos em iniciativas de diversidade e inclusão. Karoline Leavitt, secretária de imprensa da Casa Branca, reforçou as críticas, destacando o suposto desperdício de US$ 1,64 milhão em tais ações, e argumentou que o povo norte-americano não deveria ver seu dinheiro sendo investido dessa maneira. Diante disso, Trump designou Musk para tomar medidas sobre a situação da agência.
A USaid, criada em 1961 pelo presidente John F. Kennedy, já foi vista de maneira negativa em países como o Brasil, principalmente nas décadas de 1960 e 1970, quando era associada a interesses políticos dos EUA no exterior. Com o tempo, a agência se aproximou de questões relacionadas a direitos humanos, meio ambiente e minorias, o que ajudou a mudar sua imagem, tornando-a respeitada por setores progressistas nos EUA e em diversas nações.