À medida que o conflito na Ucrânia se aproxima de seu quarto ano, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demonstrou interesse em envolver a China, mais especificamente o presidente Xi Jinping, como mediador para encerrar a guerra. Trump afirmou que a China tem grande influência sobre a situação e expressou sua esperança de que o país asiático possa ajudar a resolver o impasse, ao mesmo tempo em que continua a fortalecer suas relações com Pequim. Esse movimento ocorre em meio a tensões comerciais com a China e em um contexto de negociações de paz em potencial para o futuro do conflito, que pode ser discutido na Conferência de Segurança de Munique.
Apesar dos desafios, como a recente imposição de tarifas pelos EUA sobre importações chinesas, analistas indicam que a guerra na Ucrânia pode ser uma oportunidade para colaboração entre as potências, principalmente considerando os interesses da China em manter um equilíbrio nas relações internacionais. A China, por sua vez, tem evitado ações que possam prejudicar sua parceria estratégica com a Rússia, mas também busca se posicionar como uma força mediadora. No entanto, o governo chinês precisa tomar cuidado para não enfraquecer seu relacionamento com Moscou, que considera vital para seus objetivos geopolíticos.
Enquanto Trump pressiona por um fim rápido ao conflito, suas propostas para a Ucrânia incluem um possível acesso aos recursos naturais do país em troca de apoio militar. Embora a Rússia insista em suas condições para um cessar-fogo, Trump e seus aliados têm sugerido que uma solução pacífica poderia ser alcançada com a mediação de países como a China, embora essa proposta implique desafios diplomáticos. A possibilidade de um acordo entre os três principais atores do conflito — EUA, Rússia e China — geraria uma situação de delicado equilíbrio, com a necessidade de garantir os interesses de todas as partes, inclusive da Ucrânia.