Em 2022, um acordo entre o governo dos Estados Unidos e a Chevron permitiu que a petrolífera americana expandisse suas operações na Venezuela, exportando petróleo bruto para os EUA, em um cenário de sanções impostas àquele país. No entanto, em fevereiro de 2025, o ex-presidente Donald Trump anunciou que revogaria essa licença, que havia sido concedida por seu sucessor, Joe Biden. Trump justificou sua decisão alegando que o governo venezuelano não avançou nas reformas eleitorais e não cumpriu acordos relacionados à recepção de imigrantes deportados dos EUA.
A medida de Trump interrompe a possibilidade de a Chevron continuar exportando petróleo da Venezuela, o que poderia afetar a economia venezuelana, uma vez que os impostos e royalties pagos pela empresa têm gerado receita significativa para o governo de Nicolás Maduro. Antes da revogação, a Chevron exportava cerca de 240 mil barris de petróleo por dia, representando mais de um quarto da produção do país. A mudança de política reflete as tensões contínuas entre os dois países e os objetivos estratégicos dos EUA para pressionar o regime venezuelano.
Em resposta, o governo venezuelano criticou a decisão, considerando-a prejudicial tanto à população local quanto aos interesses americanos. A vice-presidente Delcy Rodríguez acusou os EUA de causar danos às suas próprias empresas e à segurança jurídica de investidores internacionais. O governo de Maduro tem reiterado que as sanções são ilegítimas e têm sido uma das causas das dificuldades econômicas do país, especialmente no que tange à escassez de recursos e à migração em massa.