O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio, o que afeta diretamente o Brasil, o segundo maior fornecedor desses produtos aos EUA. A medida segue uma série de ações protecionistas adotadas por Trump ao longo de seu mandato, com o objetivo de proteger a indústria siderúrgica americana. O Brasil, que responde por quase 15% das exportações de aço para os EUA, já havia enfrentado restrições similares desde 2018, com tarifas e cotas que prejudicaram a competitividade do setor brasileiro.
O histórico das tarifas sobre o aço e o alumínio revela uma série de negociações e ajustes entre os dois países. Inicialmente, as tarifas foram impostas em 2018, mas após pressões de setores industriais e diplomáticos, os EUA isentaram o Brasil de tarifas diretas, optando por um sistema de cotas. Em 2019, novas tensões surgiram, mas as cotas foram mantidas até 2020, quando Trump endureceu as restrições, reduzindo drasticamente as exportações brasileiras e aumentando tarifas sobre o alumínio. As medidas só foram revogadas em 2022, sob o governo de Joe Biden.
As tarifas impostas por Trump, que visavam proteger empregos e fortalecer a indústria siderúrgica dos EUA, não geraram os efeitos esperados. Estudos apontam que, apesar de uma pequena criação de empregos no setor de aço, houve uma perda significativa de postos de trabalho em outros setores que dependem de aço e alumínio, como o de automóveis e construção civil. Além disso, essas tarifas resultaram em retaliações comerciais, especialmente no setor agrícola, o que pode agravar ainda mais os impactos econômicos das medidas.