O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (4) a retirada do país do Conselho de Direitos Humanos da ONU, uma decisão que reitera sua postura de distanciamento das instituições internacionais. A medida ocorre em um contexto de mudanças significativas na política externa americana, com a visita do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, à Casa Branca. Trump também assinou um decreto suspendendo o financiamento da Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos, citando suspeitas de envolvimento de funcionários da agência nos atentados terroristas de outubro de 2023.
Além disso, Trump e Netanyahu discutiram o andamento das negociações para um cessar-fogo em Gaza, destacando a fase de libertação de reféns e a retirada das tropas israelenses. O presidente americano sugeriu que os palestinos na Faixa de Gaza deveriam ser realocados permanentemente em outros países devido às condições precárias da região. Apesar da rejeição do Egito e da Jordânia a essa proposta, o governo dos EUA continua a defender a necessidade de evacuar a população até que Gaza seja reconstruída, um processo que, segundo especialistas, pode levar até 15 anos.
Trump também declarou, em uma coletiva de imprensa, que os Estados Unidos assumirão o controle da Faixa de Gaza, com planos de ajudar na remoção de explosivos e destroços, visando o desenvolvimento econômico da região. Embora os detalhes sobre como isso seria implementado não tenham sido esclarecidos, a proposta marca uma postura mais agressiva do governo americano em relação ao futuro da Palestina e da situação em Gaza.