A Associated Press (AP) informou que seu repórter foi impedido de participar de um evento com o presidente Donald Trump no Salão Oval da Casa Branca devido à recusa da agência em adotar o nome “Golfo da América”, estabelecido por decreto presidencial. A medida, tomada em janeiro, determinava que o Golfo do México fosse renomeado para “Golfo da América”, algo que a AP se recusou a seguir, argumentando que a mudança de nome se aplicaria apenas dentro dos Estados Unidos e não afetaria o reconhecimento internacional.
Julie Pace, editora-executiva da AP, expressou preocupação com a tentativa de censura, afirmando que a atitude do governo Trump prejudica o acesso do público a informações independentes e viola a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos. Segundo a AP, sua postura editorial deve garantir que a geografia e os nomes de lugares sejam compreendidos de maneira universal, sem se submeter a mudanças políticas específicas dentro de um país.
Além disso, a agência se comprometeu a continuar utilizando o nome “Golfo do México” e a reconhecer o novo nome escolhido por Trump, sem necessariamente adotá-lo em suas publicações globais. A situação ocorreu após o presidente assinar outro decreto, determinando a mudança do nome da montanha Denali para Monte McKinley, no Alasca, o que foi aceito pela AP, já que a alteração se aplica apenas ao território dos Estados Unidos.