Na última sexta-feira, o ex-presidente Donald Trump anunciou uma reforma significativa nas Forças Armadas dos Estados Unidos, demitindo o presidente do Estado-Maior Conjunto, o general C.Q. Brown, e afastando outros cinco altos oficiais militares, incluindo almirantes e generais. A medida incluiu a indicação do ex-tenente-general Dan Razin Caine para substituir Brown, quebrando a tradição de nomear apenas oficiais em serviço ativo para o cargo mais alto da hierarquia militar. A decisão marca uma mudança importante no comando das Forças Armadas dos EUA, com implicações diretas na liderança da Marinha e da Força Aérea.
A reestruturação também afetou outros cargos estratégicos, como o chefe da Marinha, a almirante Lisa Franchetti, e o vice-chefe de gabinete da Força Aérea. Além disso, Trump determinou a remoção dos juízes advogados-gerais do Exército, da Marinha e da Força Aérea, funções essenciais para o funcionamento da justiça militar. A medida ocorreu no contexto de uma reformulação do Pentágono, que já estava se preparando para demissões em massa e mudanças significativas em sua política externa, alinhadas com a estratégia de “America First”.
A decisão gerou críticas, especialmente de parlamentares democratas, que consideraram a ação como uma politização indevida do Exército. Para eles, as mudanças nos altos escalões militares, baseadas em lealdade política e questões relacionadas à diversidade de gênero, minam a confiança e a eficácia das Forças Armadas. A medida também reflete um período de turbulência e incertezas no comando militar dos EUA, que poderá afetar a segurança nacional e a capacidade de defesa do país.