O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma proposta para criar um novo tipo de visto de residência permanente, denominado “gold card”, voltado a investidores estrangeiros dispostos a pagar US$ 5 milhões. A iniciativa visa substituir o atual visto EB-5, utilizado para atrair investimentos estrangeiros, que exige aportes em negócios que gerem empregos nos EUA. O gold card não estipula requisitos como a criação de empregos, sendo voltado especificamente para pessoas com grande poder aquisitivo, que poderiam contribuir com impostos e investimentos no país. Trump sugeriu que até 10 mil desses vistos poderiam ser vendidos, com o objetivo de ajudar a reduzir o déficit fiscal do governo.
A proposta gerou debates sobre os critérios e a possibilidade de fraudes, especialmente após críticas ao programa EB-5, que já enfrenta desafios em relação à verificação da origem dos fundos dos investidores. O novo modelo também tem como premissa atrair indivíduos de grande talento, não necessariamente vinculados a investimentos que criem empregos, como ocorre atualmente com o EB-5. No entanto, Trump assegurou que o governo federal poderia implementar a medida sem a necessidade de aprovação do Congresso, o que permitiria uma tramitação mais ágil da proposta.
Programas semelhantes de vistos de investidor existem em outros países, como Reino Unido, Canadá e Austrália, mas têm sido alvo de críticas por permitir o ingresso de indivíduos com interesses questionáveis, como lavagem de dinheiro ou evasão de impostos. A proposta dos EUA se insere nesse contexto global de programas que buscam atrair grandes investimentos, mas também enfrenta resistência devido aos riscos associados à transparência e à segurança dos processos.