Durante a visita do premiê israelense à Casa Branca, o presidente Donald Trump apresentou um plano ousado para a Faixa de Gaza, propondo a realocação de 2 milhões de palestinos para países como Egito e Jordânia. Trump, ao falar com a postura de um investidor imobiliário, sugeriu transformar a região em um polo de desenvolvimento, mas sem a presença da população palestina. A proposta gerou reação negativa de vários países árabes e levanta questões sobre a viabilidade e as consequências de um plano que poderia aumentar ainda mais as tensões na região.
Além disso, o plano de Trump ignora a criação de um Estado palestino independente, um ponto que sempre esteve no centro das negociações no Oriente Médio. A posição do presidente americano está alinhada com a extrema direita do governo israelense, que também busca uma solução sem a presença dos palestinos na Faixa de Gaza. Esse movimento parece afastar ainda mais a possibilidade de um cessar-fogo duradouro, já que o deslocamento da população palestina é amplamente rejeitado pela comunidade internacional, incluindo países como Egito, Jordânia, Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.
A proposta de Trump, que parece destinada a redefinir a geopolítica da região, inclui a promessa de reconstrução de Gaza e a criação de novos postos de trabalho. No entanto, seu impacto a curto e médio prazo pode ser desastroso, potencialmente alimentando novos conflitos e agravando as relações já tensas entre israelenses e palestinos, além de enfraquecer a possibilidade de uma solução pacífica para o conflito histórico.