O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propôs um plano controverso para a região de Gaza, afirmando que os EUA têm autoridade para assumir o controle do território, sugerindo a realocação dos palestinos que vivem no enclave para países vizinhos como Jordânia e Egito. Durante uma reunião com o rei da Jordânia, Abdullah II, na Casa Branca, Trump insistiu que a área seria tomada pelos EUA e transformada em um novo destino para os palestinos. No entanto, a proposta gerou reações adversas e causou desconforto, com o rei Abdullah mantendo uma postura cautelosa e reafirmando o compromisso árabe com a criação de um estado palestino.
A Jordânia, que já abriga milhões de refugiados palestinos, expressou receio de que a aceitação de mais refugiados possa desestabilizar o país, especialmente diante da possibilidade de um influxo de palestinos que seriam deslocados de outras regiões, como a Cisjordânia. O Egito também se opôs à proposta, temendo que a realocação de palestinos poderia aumentar os riscos de radicalização e ataques ao seu território. Em resposta às críticas, Trump manteve sua postura, insistindo que os palestinos se mudariam para locais mais seguros e adequados, apresentando o projeto como uma solução que beneficiaria a região.
O plano de Trump foi amplamente criticado por especialistas, que o consideram uma violação do direito internacional, comparando-o a uma forma de limpeza étnica. O Hamas, por meio de uma declaração, repudiou a proposta, acusando Trump de tentar eliminar a causa palestina. Por sua vez, Trump negou as acusações, garantindo que os palestinos migrariam voluntariamente para novos assentamentos, onde teriam condições de viver com segurança. As tensões políticas e as divergências entre os países envolvidos devem continuar a marcar o debate sobre o futuro de Gaza e da questão palestina.