O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu em Washington o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, e defendeu uma proposta polêmica sobre a Faixa de Gaza. Durante a reunião, Trump sugeriu o deslocamento em massa dos palestinos do enclave para outras regiões e a tomada de controle dos Estados Unidos sobre o território, com o objetivo de reconstruí-lo. Ele afirmou que os EUA assumiriam a responsabilidade pela desativação de armas não detonadas e pela recuperação econômica da área. Trump também mencionou a ideia de um controle de longo prazo, mas sem especificar as autoridades com as quais discutiu a questão.
A proposta de Trump ganhou apoio de Netanyahu, que destacou o papel do presidente americano na mediação de um acordo de trégua em Gaza. No entanto, Netanyahu também fez uma crítica indireta ao governo de Joe Biden, sugerindo que a falta de cooperação entre os EUA e Israel durante o governo anterior havia gerado dificuldades. Trump, por sua vez, criticou a gestão de Biden no Oriente Médio, acusando-a de inação durante seus anos no cargo. A reunião ocorre enquanto negociações de cessar-fogo e a continuidade das discussões sobre a trégua em Gaza estão em andamento.
Enquanto isso, as negociações entre Israel e o Hamas continuam com mediação do Catar, visando à conclusão da trégua em três fases, incluindo a libertação de reféns e a definição do fim da guerra. A primeira fase, em vigor desde janeiro, já permitiu a troca de prisioneiros e a suspensão dos combates, mas o Hamas ainda mantém reféns, e as negociações para uma resolução final seguem em curso. Netanyahu confirmou o envio de uma delegação israelense para continuar os diálogos em Doha, reforçando o compromisso com a mediação internacional para resolver o impasse.