O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma proposta para que os EUA assumissem o controle da Faixa de Gaza, após um ataque do Hamas a Israel em outubro de 2023. Trump sugeriu transferir os mais de dois milhões de habitantes de Gaza para outros países e transformar a região, devastada pela guerra, em um “lugar incrível”. No entanto, essa ideia foi amplamente rejeitada, inclusive por países do Oriente Médio, como o Egito, Jordânia e Turquia, além de ser duramente criticada pelo Hamas, que a qualificou como racista.
Os líderes palestinos, incluindo o presidente Mahmud Abbas, também repudiaram a proposta, considerando-a uma ameaça à soberania de Gaza e evocando o trauma da Nakba, quando milhares de palestinos foram forçados a deixar suas terras em 1948. A comunidade internacional, incluindo a China e a França, expressou apoio à criação de um Estado palestino, rejeitando a ideia de uma transferência forçada da população de Gaza. Além disso, o Egito pediu uma reconstrução rápida da região sem o deslocamento dos palestinos.
A guerra em Gaza, que começou com o ataque do Hamas a Israel, resultou em milhares de mortos, tanto israelenses quanto palestinos, e a situação continua a ser um dos maiores conflitos humanitários da atualidade. A proposta de Trump é vista como uma tentativa de resolver a crise, mas também gera novas tensões, ao invés de contribuir para uma solução pacífica e estável para a região.