O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reunirá nesta terça-feira (11) com o rei Abdullah da Jordânia, em Washington, para discutir um plano controverso de transferência permanente dos palestinos da Faixa de Gaza para o Egito e a Jordânia. Trump sugeriu que o deslocamento seria parte de um esforço para criar comunidades seguras fora das zonas de conflito, mas a Jordânia rejeitou a proposta. O governo dos EUA ameaça cortar a ajuda financeira ao país se não houver aceitação dessa estratégia.
O plano, que também foi bem recebido por Israel, encontra forte oposição de palestinos e líderes árabes, incluindo a Arábia Saudita, além de organizações de direitos humanos, que consideram a proposta uma violação do direito internacional. O Hamas, grupo que controla Gaza, se opôs enfaticamente à transferência, afirmando que a região pertence ao seu povo e que qualquer tentativa de realocação forçada será frustrada.
Em meio a essa disputa, a situação de Gaza continua instável. Trump também advertiu que poderá retomar ações militares severas caso o Hamas não cumpra com o cessar-fogo e liberação de reféns programada. O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu um cumprimento pleno do cessar-fogo, enfatizando a necessidade de evitar uma nova escalada no conflito e a importância de negociações de paz para reduzir os danos à população civil.