O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou planos de emitir uma ordem executiva nesta terça-feira (4 de fevereiro de 2025), formalizando a retirada do país do Conselho de Direitos Humanos da ONU e interrompendo o financiamento da UNRWA, a agência da ONU que presta assistência aos refugiados palestinos. A medida ocorre em paralelo a um encontro entre Trump e o primeiro-ministro de Israel, que lidera uma ofensiva militar na Faixa de Gaza. O governo americano critica o Conselho da ONU, acusando-o de proteger regimes que cometem abusos contra os direitos humanos e de adotar uma postura tendenciosa contra Israel.
A decisão de Trump reflete sua continuidade na política “America First”, que prioriza os interesses americanos em detrimento das abordagens multilaterais. A ordem executiva sobre o Conselho de Direitos Humanos segue uma linha de questionamentos sobre o papel da USAID (Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional), que também enfrenta possíveis cortes em sua atuação. A Casa Branca argumenta que o Conselho da ONU falhou em cumprir seu propósito, tornando-se uma plataforma para a proteção de países acusados de violações graves.
A medida se insere em um contexto de crescente frustração dos Estados Unidos com o Conselho de Direitos Humanos, que, segundo fontes da administração, teria se tornado uma ferramenta de acusação desproporcional contra Israel. A Casa Branca alega que o órgão tem sido usado para ataques injustificados, enquanto países com histórico de violações de direitos humanos continuam a ser protegidos. A decisão de Trump deve provocar reações internacionais, dada a relevância das políticas americanas no cenário global.