O presidente Donald Trump anunciou que os Estados Unidos irão utilizar o centro de detenção na Baía de Guantánamo, Cuba, para abrigar estrangeiros criminosos. A decisão se baseia na ideia de expandir uma instalação existente, atualmente voltada para migrantes interceptados, como haitianos e cubanos, tentando chegar ilegalmente ao país. O governo indicou que a instalação será destinada a estrangeiros com alta prioridade criminal, incluindo aqueles que são difíceis de deportar devido à recusa de seus países de origem em aceitar os deportados.
O centro de detenção de Guantánamo, que ficou conhecido após os ataques de 11 de setembro de 2001, opera separadamente das instalações militares e de tribunais utilizados na guerra ao terrorismo. A ampliação do centro de migrantes gerou preocupações de organizações de direitos humanos, que alertaram sobre as condições de detenção, considerando-as inadequadas e punitivas. A perspectiva de utilizar esse centro para abrigar um número muito maior de imigrantes é vista como alarmante por algumas dessas organizações.
Em Cuba, a decisão de utilizar Guantánamo para a detenção de imigrantes gerou críticas do governo, que considera a base como um território ilegalmente ocupado. O presidente cubano e o ministro das Relações Exteriores manifestaram repúdio à medida, que é vista como uma violação dos direitos humanos e do direito internacional. A base naval, que é arrendada pelos Estados Unidos desde o início do século XX, continua sendo um ponto de tensão nas relações entre os dois países.