O governo dos Estados Unidos, por meio de sua porta-voz, informou nesta quarta-feira (5) que o presidente Donald Trump não se comprometeu a enviar tropas americanas à Faixa de Gaza, embora tenha sugerido essa possibilidade em uma coletiva de imprensa conjunta com o primeiro-ministro israelense. Durante a coletiva de terça-feira (4), Trump não descartou a ideia de enviar tropas para ajudar a retirar os palestinos da região, afirmando que “faremos o que for necessário”. Além disso, sugeriu que os EUA poderiam assumir o controle do território de Gaza e propôs uma possível reconstrução da área, devastada pela guerra entre Hamas e Israel, embora tenha destacado que os Estados Unidos não financiarão esse processo.
A proposta de Trump, no entanto, gerou controvérsias internacionais. Organizações como o Human Rights Watch e diversos países, incluindo Reino Unido, França, Rússia e membros do Oriente Médio, criticaram fortemente a ideia de deslocar a população palestina de Gaza, considerando-a uma violação do direito internacional e uma possível forma de limpeza étnica. Líderes de diversos países reforçaram o apoio à solução de dois Estados para o conflito israelense-palestino e manifestaram preocupação com a integridade territorial da Palestina.
No cenário local, figuras políticas palestinas, como o presidente Mahmoud Abbas, repudiaram a proposta, reiterando que a Faixa de Gaza faz parte da terra do Estado da Palestina e que os palestinos não abrirão mão de seus direitos sobre a região. A controvérsia sobre a ideia de Trump continua a repercutir, refletindo tensões profundas sobre o futuro político e territorial da Palestina e a relação com Israel e os Estados Unidos.