Na quarta-feira, 12 de fevereiro, Donald Trump anunciou que começou a negociar com o presidente russo, Vladimir Putin, visando o fim da guerra na Ucrânia. A declaração veio após uma ligação de 90 minutos entre os dois líderes, marcando a primeira conversa direta desde a invasão russa em 2022. Durante o telefonema, Trump e Putin expressaram concordância em buscar uma solução para o conflito, com a promessa de evitar mais perdas de vidas. Trump indicou que uma possível viagem a Moscou está sendo considerada, embora sem data definida.
O chefe do Pentágono, Pete Hegseth, também fez declarações que enfraqueceram as expectativas ucranianas sobre a restauração das fronteiras pré-guerra e a entrada na Otan. Ele afirmou que os EUA não enviariam tropas à Ucrânia, e que a responsabilidade de garantir a segurança pós-conflito recairia sobre a Europa. Por sua vez, a Rússia mantém exigências rígidas, incluindo o reconhecimento da anexação de territórios ucranianos e a reversão da expansão da Otan na Europa Oriental. Esse cenário aumenta a pressão sobre os aliados europeus, que devem arcar com os custos de um possível acordo de paz.
Em um contexto de crescente incerteza, a Ucrânia se vê em uma posição delicada, com o apoio dos EUA cada vez mais questionado, especialmente entre os republicanos. O cenário para a continuidade do auxílio americano à resistência ucraniana é incerto, e as negociações entre as partes envolvidas podem indicar uma possível mudança nas dinâmicas da guerra. Enquanto isso, os EUA e a Rússia realizaram uma troca de prisioneiros, o que, segundo Trump, pode ser um sinal de boa vontade para a construção de uma relação mais favorável ao fim do conflito.