No sábado (1º), Donald Trump anunciou a imposição de tarifas de 25% sobre as importações do Canadá e do México e de 10% sobre produtos da China. A medida gerou respostas imediatas dos governos afetados. O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, anunciou tarifas de 25% sobre US$155 bilhões em produtos americanos, com impactos em uma vasta gama de itens, como alimentos e bebidas. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, também manifestou repúdio à decisão, afirmando que o país adotaria medidas para proteger seus interesses.
Especialistas alertam que essa guerra comercial pode prejudicar gravemente as economias do Canadá e do México, que dependem fortemente das exportações para os Estados Unidos. Paul Ashworth, da Capital Economics, destacou o risco de recessão nessas economias e os possíveis efeitos negativos para os consumidores e empresas americanas. Além disso, a União Europeia pode ser a próxima a enfrentar tarifas, o que ampliaria as consequências dessa disputa global. O aumento da inflação nos Estados Unidos também pode impactar o poder de compra dos cidadãos e dificultar futuras reduções nas taxas de juros.
O governo de Trump justificou as tarifas com a alegação de combater ameaças como o fentanil, principalmente em relação ao México. No entanto, líderes dos países afetados contestaram a associação, com Trudeau e Sheinbaum defendendo que a imposição de tarifas não resolve os problemas subjacentes. O governo mexicano criticou as acusações de vínculos com cartéis de drogas e reafirmou seu compromisso com a luta contra o tráfico. A situação segue tensa, e a resposta das potências econômicas promete moldar o futuro das relações comerciais e diplomáticas globais.