O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio, com início previsto para 4 de março. A decisão impacta diretamente o Brasil, que é um dos principais fornecedores desses metais para os EUA. Segundo fontes da administração americana, as tarifas são uma resposta ao aumento das exportações desses produtos por outros países, que estariam prejudicando os produtores nacionais de aço e alumínio dos Estados Unidos.
A medida é autorizada pela Seção 232 da Lei de Expansão do Comércio, que permite a imposição de restrições comerciais por motivos de segurança nacional. Essa mesma legislação foi utilizada por Trump em 2018 para implementar tarifas semelhantes. A decisão se insere em um contexto mais amplo de endurecimento da política comercial dos Estados Unidos, que também incluiu a imposição de tarifas sobre as importações da China e ameaças semelhantes contra o Canadá e o México.
O Brasil, que exporta uma parte significativa de seu aço e alumínio para os EUA, ainda avalia as possíveis respostas a essa medida. Especulações sobre a taxação de grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos foram rapidamente negadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Empresas brasileiras como Gerdau, CSN, Usiminas e CBA enfrentam diferentes impactos dessa decisão, com a Gerdau, que possui forte presença no mercado americano, sendo a mais beneficiada.