O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebe nesta sexta-feira (28) o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, para uma visita que vai além da assinatura de um acordo sobre recursos minerais estratégicos. Embora Trump tenha adotado um tom mais conciliatório em relação a Zelensky, depois de semanas de declarações críticas, o encontro traz consigo questões mais amplas, como o futuro da segurança e estabilidade na Ucrânia. O acordo, que ainda não prevê garantias absolutas de segurança, busca estabelecer uma parceria em que os EUA possam explorar os recursos minerais ucranianos em troca de apoio financeiro e militar.
A Ucrânia, com vasta reserva de recursos minerais, especialmente em áreas difíceis de explorar ou sob controle russo, tem potencial para ser uma peça-chave no acordo. Trump, que já havia expressado seu desejo de explorar esses recursos, vê o projeto como uma forma de continuar os investimentos na região enquanto garante sua influência sobre a segurança local. A mudança no tom de Trump, que havia chamado Zelensky de ditador, levanta especulações sobre o impacto desse acordo na relação bilateral, embora o presidente americano tenha minimizado as críticas passadas, demonstrando respeito pelo ucraniano.
O encontro também ocorre em um momento delicado, com o crescente interesse de Trump em se aproximar de Vladimir Putin. Apesar das advertências de aliados europeus, Trump reafirmou sua confiança em Putin e sua crença de que o presidente russo cumprirá um possível cessar-fogo. A posição de Trump sobre a Ucrânia e a adesão à OTAN continua sendo um ponto de divergência, com o presidente americano sugerindo que a ideia de adesão seja descartada, mas reconhecendo que, em um acordo de paz, a Ucrânia poderia recuperar parte de seu território perdido.