No último domingo, o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, e o ex-presidente Donald Trump criticaram decisões de juízes norte-americanos que bloquearam decretos emitidos por Trump. Entre as decisões contestadas estão a revogação do direito à cidadania para filhos de imigrantes ilegais e outras medidas que envolvem questões sensíveis, como a transferência de prisioneiras transexuais e o acesso a sistemas do Tesouro. Trump, por sua vez, afirmou que os juízes não deveriam tomar decisões sobre suas políticas, indicando uma resistência ao Poder Judiciário.
Em entrevista a advogados brasileiros especializados, surgiram comparações entre as críticas de Trump e Vance ao Judiciário norte-americano e as situações vividas no Brasil durante o governo Bolsonaro. O constitucionalista André Marsiglia sugeriu que, assim como no Brasil, alguns juízes nos EUA atuam de forma excessiva, enquanto o advogado Kakay defendeu que a atuação do Judiciário norte-americano é legítima, considerando as questões constitucionais em jogo, como a restrição de cidadania a filhos de imigrantes ilegais, que violaria a 14ª Emenda da Constituição dos EUA.
Apesar das críticas, Donald Trump indicou que recorrerá das decisões judiciais, buscando reverter as proibições impostas aos seus decretos. Ele afirmou que o governo estava corrupto e que as decisões judiciais poderiam ser vistas como uma tentativa de impedir seu governo de agir de acordo com suas diretrizes, continuando com as contestações das resoluções que considera prejudiciais.