O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fará uma visita aos Estados Unidos no domingo (2), marcando a primeira visita internacional do presidente norte-americano Donald Trump em seu segundo mandato. O encontro ocorre no contexto de um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, após mais de seis meses de negociações mediadas por Estados Unidos, Catar e Egito. A principal controvérsia gira em torno da governança de Gaza após o fim do conflito, com Israel rejeitando a participação tanto do Hamas quanto da Autoridade Palestina.
A proposta do presidente Trump de sugerir que palestinos da Faixa de Gaza se deslocassem para outros países da região, como o Egito e a Jordânia, gerou uma reação negativa de líderes árabes. Em uma declaração conjunta, autoridades da Arábia Saudita, Egito, Jordânia, Catar, Emirados Árabes Unidos e outros países, incluindo a Autoridade Palestina, rejeitaram a ideia de qualquer transferência forçada de palestinos. Essa proposta é vista como uma ameaça à estabilidade regional e ao processo de paz.
O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, também se manifestou contra a ideia de facilitar o deslocamento de moradores de Gaza, afirmando que o Egito não aceitaria tal medida. Durante uma conversa telefônica com Trump, Sisi e o presidente dos EUA concordaram em consolidar o cessar-fogo e implementar as próximas fases do acordo. Além disso, Sisi convidou Trump para uma visita ao Egito, com o intuito de discutir questões econômicas e de segurança no Oriente Médio.