Em 2019, a reunião entre Donald Trump e Kim Jong Un na Zona Desmilitarizada entre as Coreias foi um marco na diplomacia internacional, mas pouco resultou em avanços concretos, especialmente em relação à desnuclearização da Coreia do Norte. O encontro foi improvisado, gerando uma série de trocas de gestos e declarações amistosas, mas sem compromissos definitivos. Desde então, a relação entre os dois países esfriou, com pouca comunicação durante o governo de Joe Biden. A Coreia do Norte seguiu expandindo seu programa de mísseis, enquanto os Estados Unidos tentavam manter o diálogo sem sucesso.
Agora, Trump sugere uma possível retomada das negociações com Kim, mas as circunstâncias mudaram. A Coreia do Norte se fortaleceu militarmente e estreitou laços com a Rússia, o que impacta sua posição nas conversações. A relação com Trump pode ser diferente nesta nova fase, com Kim mais seguro de seu poder e menos dependente do alívio das sanções dos EUA. Especialistas apontam que uma nova rodada de negociações dependeria de mudanças significativas, como uma crise interna na Coreia do Norte ou uma oferta substantivamente diferente da feita anteriormente.
Embora Trump tenha demonstrado disposição para reiniciar o diálogo, a situação internacional, o fortalecimento de Kim e as tensões acumuladas nas negociações passadas sugerem que qualquer reaproximação seria muito mais complexa. A expectativa em torno de uma nova diplomacia entre os dois líderes está longe de ser simples, e a possibilidade de um acordo mais significativo parece incerta, considerando os desafios recentes e as mudanças geopolíticas.