Em 2019, Donald Trump e Kim Jong Un realizaram um histórico encontro na Zona Desmilitarizada entre as duas Coreias, um evento que surpreendeu pela sua rapidez e informalidade. Naquele momento, Trump fez questão de ressaltar a boa relação pessoal com o líder norte-coreano, o que gerou especulações sobre a possibilidade de um acordo de desnuclearização. No entanto, apesar das boas intenções e encontros subsequentes, como o de Hanói, as negociações não avançaram conforme o esperado, e as promessas feitas durante as cúpulas não se concretizaram. A relação entre os dois líderes, apesar de cordial, não resultou em progressos significativos sobre o desarmamento nuclear da Coreia do Norte.
Durante o governo de Joe Biden, o contato com a Coreia do Norte foi reduzido, e Pyongyang não respondeu às tentativas de diálogo de Washington. No entanto, Trump indicou recentemente que poderia retomar os contatos com Kim, levando em conta o histórico de boa relação entre ambos. Especialistas acreditam que, caso um novo encontro ocorra, as negociações serão mais difíceis, pois Kim Jong Un se encontra em uma posição de maior força política e militar, além de estar mais alinhado com outras potências, como a Rússia. A mudança no contexto internacional e as expectativas mais altas de Pyongyang podem alterar a dinâmica do diálogo.
A situação atual da Coreia do Norte e sua crescente autossuficiência militar complicam ainda mais a perspectiva de um acordo. Para que novas negociações avancem, seria necessário um novo tipo de abordagem por parte dos EUA, ou uma mudança nas condições internas da Coreia do Norte, como uma possível crise econômica. A história das cúpulas anteriores, especialmente o fracasso das negociações em Hanói, deixou cicatrizes e reforçou a complexidade do relacionamento entre os dois países. Mesmo assim, o desejo de retomar o diálogo não desapareceu, e a diplomacia entre Trump e Kim ainda é vista por alguns como uma via possível para a redução das tensões.