O governo de Donald Trump anunciou a aplicação de uma tarifa de 10% sobre as importações chinesas a partir de 1º de fevereiro, o que reacende a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. As empresas chinesas estão tentando entender o impacto dessa nova medida, que chega após anos de tensões comerciais entre os dois países. Muitos empresários, como o gerente de vendas de uma fábrica de calçados na China, estão preocupados com o futuro, já que a diminuição de pedidos e a redução do número de funcionários em fábricas são algumas das consequências diretas das tarifas anteriores, como a de 15% em 2019.
As tarifas elevadas, que anteriormente afetaram itens como roupas e sapatos, agora ameaçam aumentar os custos de uma variedade ainda maior de produtos fabricados na China e vendidos para os EUA. Algumas empresas já estão se mudando para outros países do sudeste asiático, como o Camboja, para evitar as tarifas mais altas. A transferência de fábricas de grandes nomes da indústria, como Nike e Adidas, para locais como o Vietnã reflete uma tendência mais ampla, com muitas empresas chinesas reavaliando suas cadeias de suprimentos. Porém, a migração de fábricas também traz desafios, como a perda de trabalhadores qualificados, o que pode afetar a qualidade e o custo da produção.
Enquanto a China busca alternativas para manter sua posição no comércio global, com investimentos em países do Cinturão e Rota, o impacto das tarifas de Trump pode ser duradouro. Alguns empresários, como o Sr. Peng, esperam que uma negociação possa mitigar os efeitos das tarifas, mas o cenário permanece incerto. A relação comercial entre os dois países segue volátil, com a possibilidade de mais medidas protecionistas e a expectativa de que a China possa continuar a se adaptar à situação, reforçando sua presença no mercado global, enquanto observa as estratégias adotadas pelos EUA e outros parceiros comerciais.