O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem adotado uma postura agressiva em sua política comercial, o que pode afetar tanto a economia global quanto as relações geopolíticas. Especialistas indicam que, ao ameaçar negócios com países como a União Europeia, México, Canadá e China, Trump coloca em risco cerca de 50% da balança comercial norte-americana. Para os analistas, essa abordagem pode prejudicar severamente a América do Norte, resultando em possíveis rupturas nas cadeias de suprimentos.
Apesar dos desafios, há quem veja oportunidades para o Brasil em meio a esse cenário. Marcos Jank, coordenador do centro Insper Agro Global, aponta que o Brasil poderia se beneficiar da taxação imposta por Trump sobre produtos do México e Canadá, aproveitando sua competitividade em certos produtos. Além disso, Jank destaca que a disputa entre as duas maiores economias do mundo pode abrir portas para o Brasil em setores como agronegócio e minerais, uma vez que o país já é um grande fornecedor da China.
A análise de Gunther Rudzit, professor de relações internacionais, indica que a intensificação da rivalidade entre os EUA e a China pode gerar uma competição direta entre essas potências, com impactos geopolíticos duradouros. Rudzit também destaca que as tensões comerciais com a China devem se prolongar, o que pode afetar não apenas a América do Norte, mas também as relações globais de comércio.