O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reuniu com o rei Abdullah da Jordânia em 11 de fevereiro para discutir um plano polêmico que prevê a transferência permanente de palestinos da Faixa de Gaza para a Jordânia. A proposta tem gerado grande resistência, especialmente por parte do governo jordaniano, que enfrenta a pressão de Trump para aceitar a iniciativa sob a ameaça de cortes financeiros. A ideia é amplamente rejeitada por líderes árabes e pela população palestina, mas é apoiada por Israel.
O plano inclui a emigração de mais de dois milhões de palestinos de Gaza, uma proposta vista com cautela pela Jordânia, que já acolhe milhões de palestinos refugiados. As preocupações sobre a legalidade da medida e a violação dos direitos humanos têm sido uma das principais críticas ao projeto, com muitos considerando-o uma forma de limpeza étnica e anexação da Faixa de Gaza. Além disso, o grupo Hamas, que controla Gaza, se opõe fortemente à transferência, reafirmando que a região pertence aos palestinos.
Em meio à tensão, Trump fez declarações ameaçadoras em relação ao Hamas, pedindo a libertação de reféns israelenses e alertando para uma possível intensificação do conflito. A ONU, por meio do secretário-geral António Guterres, apelou pelo respeito ao cessar-fogo e à redução das hostilidades, destacando a importância de uma solução pacífica para a região.