O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que, a partir de 1º de março, cancelará a licença da Chevron para operar na Venezuela. A licença havia sido concedida em 2022 para permitir que a empresa ampliasse sua produção de petróleo no país, contornando as sanções impostas pelos EUA. A medida é vista como uma resposta às condições eleitorais na Venezuela e à política de deportação de imigrantes implementada pelos EUA. A decisão ocorre em um contexto de tensões políticas, com a oposição venezuelana pressionando para que o governo dos Estados Unidos tome medidas mais rigorosas contra o regime de Nicolás Maduro.
Desde 2017, a Venezuela enfrenta sanções econômicas significativas, que afetaram seu setor financeiro e petroleiro, agravando a crise econômica e gerando uma migração em massa de seus cidadãos. A vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, criticou a decisão de Trump, afirmando que a medida prejudica tanto os venezuelanos quanto as empresas dos EUA. Por outro lado, a oposição venezuelana, representada por líderes como Corina Machado, apoiou a decisão, vendo-a como uma forma de pressionar Maduro, acusado de fraudar as eleições presidenciais de 2024.
Após a reeleição em 2024, Trump se aproximou da possibilidade de uma abordagem diferente em relação à Venezuela. Seu enviado especial, Richard Grenell, foi enviado a Caracas para dialogar com Maduro, sugerindo uma possível mudança na postura do governo dos EUA em relação ao regime venezuelano, sem necessariamente buscar uma mudança de regime, como ocorreu no primeiro mandato de Trump. O foco agora parece ser uma abordagem mais pragmática, apesar das divergências políticas.