O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, fez duras críticas ao presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, em sua rede social Truth Social. Trump acusou Zelenski de ser um ditador e de ter manipulado os Estados Unidos para envolverem-se em um conflito sem chance de vitória, repetindo argumentos frequentemente usados pelo Kremlin. O ex-presidente também distorceu informações sobre o apoio financeiro dos EUA à Ucrânia, ao afirmar que o valor enviado foi de US$ 350 bilhões, quando, na realidade, foram cerca de US$ 119 bilhões.
As críticas de Trump surgiram em resposta a declarações de Zelenski, que acusou o ex-presidente de estar sendo influenciado por desinformação russa. A polêmica envolveu acusações de que Zelenski não havia realizado eleições, mas a Ucrânia encontra-se sob lei marcial, o que impede a realização de pleitos. A narrativa de que Zelenski é um ditador tem sido propagada por Moscou e foi citada por Trump para justificar suas críticas, apesar de especialistas lembrarem que a Rússia também tem um histórico de eleições questionáveis.
As reações internacionais às declarações de Trump foram rápidas. Líderes como o premiê britânico Keir Starmer e o chanceler alemão Olaf Scholz se opuseram aos comentários, enquanto a União Europeia anunciou um novo pacote de sanções contra a Rússia. No Congresso americano, a posição sobre o apoio à Ucrânia se mostrou dividida, com uma parte dos republicanos alinhada às críticas de Trump, e outros, como o senador Roger Wicker, demonstrando apoio contínuo ao esforço de ajudar a Ucrânia na guerra contra a Rússia.