Na primeira reunião de gabinete de sua nova gestão, Donald Trump reiterou seu compromisso de adotar tarifas recíprocas para equilibrar a balança comercial dos Estados Unidos, criticando a política de exportação dos principais parceiros comerciais do país. O presidente também anunciou a implementação de uma barreira tarifária de 25% sobre produtos provenientes da União Europeia, embora não tenha fornecido detalhes sobre a aplicação dessas tarifas. Além disso, as tarifas contra México e Canadá, que haviam sido anunciadas no mês anterior, entrarão em vigor no início de abril, contrariando a expectativa inicial de que fossem aplicadas em março.
Essas declarações geraram confusão no cenário político e econômico global, especialmente entre líderes internacionais e agentes do mercado, que consideram as propostas contraditórias e imprevisíveis. O tom agressivo das medidas comerciais de Trump elevou o nível de incerteza no mercado, como apontado pelo indicador internacional de humor do mercado, que registrou um aumento significativo do medo e da aversão ao risco.
No mesmo dia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou na abertura de uma reunião entre diplomatas dos países do BRICS, onde criticou as práticas unilaterais dos Estados Unidos e defendeu alternativas para transações financeiras entre os membros do bloco. Lula também destacou a necessidade de reformas nos organismos multilaterais, como a ONU e a OMC, e alertou para os perigos de uma política internacional baseada na “lei do mais forte”, que poderia conduzir a instabilidade e à guerra.