O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva suspendendo a assistência à África do Sul devido a uma reforma agrária controversa que permite a expropriação de terras, particularmente afetando a minoria branca sul-africana. A lei, sancionada em dezembro de 2024, permite que o governo sul-africano tome posse de terras quando estas não estiverem sendo utilizadas ou quando sua redistribuição for considerada de interesse público. A medida visa corrigir as injustiças históricas do apartheid, período no qual a população negra foi privada de suas terras.
Trump criticou a reforma, alegando que ela discrimina a minoria branca no país e representa uma forma de tratamento injusto. O governo dos EUA anunciou também a criação de um programa para reassentar fazendeiros brancos sul-africanos e suas famílias em outros países, além de suspender ajuda e assistência externa à África do Sul. A decisão ocorre no contexto da política externa “America First”, que visa priorizar os interesses dos Estados Unidos e reduzir os compromissos internacionais.
A reforma agrária sul-africana é vista pelo governo local como uma ação necessária para corrigir as desigualdades deixadas pelo apartheid. De acordo com dados de 2017, a maioria das terras agrícolas no país ainda está concentrada nas mãos da população branca, que representa uma pequena parcela da população total. A medida gerou polêmica internacional, especialmente entre os críticos que a consideram uma forma de racismo contra os brancos, enquanto o governo sul-africano defende que é uma questão de justiça social e econômica.