O presidente Donald Trump cumpriu sua promessa de campanha ao anunciar no sábado (1º) um aumento de 10% nas tarifas sobre todos os produtos importados da China, como parte de uma série de medidas comerciais que também afetam o México e o Canadá. A China, por sua vez, prometeu registrar uma queixa na Organização Mundial do Comércio (OMC) e tomar medidas retaliatórias, mas sem detalhar como pretende agir. Esse aumento ocorre em um contexto de relações comerciais tensas entre os países, com a China já enfrentando tarifas significativas nos últimos anos.
Embora as tarifas de 10% sejam mais moderadas do que os 60% inicialmente sugeridos por Trump durante sua campanha, a ação pode refletir uma estratégia mais cautelosa. O novo presidente dos Estados Unidos tem vinculado essas tarifas, em grande parte, ao comércio de fentanil, sem focar diretamente no desequilíbrio comercial com a China. Esse cenário abre a possibilidade de um futuro acordo entre os dois países, com Trump aguardando os resultados de uma investigação sobre as relações comerciais para tomar decisões mais definitivas. A revisão dessa investigação está prevista para abril, o que pode impactar futuras tarifas.
A resposta inicial da China tem sido menos agressiva, possivelmente devido a um cenário diplomático recente que favorece a manutenção de um relacionamento mais equilibrado com os EUA. O governo chinês tem se mostrado conciliatório, defendendo o comércio equilibrado e destacando sua conformidade com as regras globais, em contraste com as ações unilaterais dos EUA. Apesar da ameaça de novas tarifas, a postura chinesa tem sido de cautela, sugerindo que o país pode optar por esperar para observar os próximos movimentos dos Estados Unidos antes de adotar medidas retaliatórias mais severas.