O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está prestes a assinar um decreto que tornará o inglês a língua oficial do país pela primeira vez em sua história, de acordo com uma autoridade da Casa Branca. A medida, que ainda não tem uma data definida para ser implementada, visa revogar uma exigência do governo de Bill Clinton, que obrigava agências e entidades federais a fornecer assistência linguística a pessoas que não falassem inglês. Essa mudança, proposta por Trump, é vista como um reforço à sua postura contra a imigração ilegal e ao incentivo do uso do inglês na vida pública.
Nos Estados Unidos, até hoje, não existia uma língua oficial nacional, embora 32 estados adotem o inglês como idioma oficial, conforme dados do grupo ProEnglish. A questão da oficialização do idioma gerou debates em alguns estados, como o Texas, onde o uso do espanhol tem sido um ponto de controvérsia em várias ocasiões. Em 2011, por exemplo, um senador do Texas causou polêmica ao exigir que um ativista dos direitos dos imigrantes falasse inglês durante uma audiência legislativa, em vez de utilizar o espanhol.
A proposta de Trump surge em um contexto de fortalecimento de sua agenda política, que inclui medidas contra a imigração e a defesa de políticas mais restritivas. Durante sua campanha presidencial, ele já havia criticado seu rival Jeb Bush por usar outro idioma durante os debates. Com a assinatura deste decreto, o governo dos EUA passa a reforçar a ideia de que o inglês deve ser o idioma central em todos os aspectos da vida pública no país, o que pode impactar políticas públicas e serviços oferecidos à população que não fala a língua.