O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto que incentiva o uso de canudos plásticos, revertendo as iniciativas de seu antecessor para reduzir o consumo de plásticos de uso único. Trump justificou a decisão ao afirmar que os canudos de papel não são eficientes e ao mencionar que o impacto do plástico no ambiente marinho é minimizado em certas situações. O decreto também faz parte de uma agenda mais ampla do presidente para reverter políticas ambientais, incluindo a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris e a revogação de uma política de seu sucessor para eliminar plásticos de uso único em terras federais até 2032.
Ao mesmo tempo, a comunidade internacional tem pressionado pela adoção de tratados globais para controlar a produção de plásticos, com diversas nações impondo restrições ao uso de plásticos descartáveis. A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) alerta que a quantidade de resíduos plásticos no ambiente pode aumentar drasticamente até 2040, caso novos controles não sejam implementados. No entanto, a negociação de um tratado global enfrenta obstáculos, com principais produtores de plásticos resistindo a compromissos obrigatórios para reduzir a produção.
Especialistas sugerem que as políticas dos Estados Unidos podem dificultar avanços significativos em acordos internacionais, com o país, sob a atual administração, tendendo a se alinhar com nações como a Rússia e a Arábia Saudita na oposição a metas globais mais rígidas para combater a poluição plástica. As discussões sobre o controle da poluição plástica devem ser retomadas em 2025, mas o futuro das negociações ainda permanece incerto, especialmente com a postura do governo americano em relação a questões ambientais e sua proximidade com os interesses do setor petroquímico.