O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no último domingo, 9, a implementação de tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio. A medida afetará diretamente países como Brasil, Coreia do Sul, México e Canadá, impactando em torno de US$ 6 bilhões em exportações brasileiras. O Brasil, que tem o aço como um dos principais produtos exportados para os EUA, poderá enfrentar desafios econômicos significativos com a imposição dessas tarifas, que afetam diretamente seu comércio com o segundo maior parceiro comercial.
A decisão de Trump é uma continuidade de sua política tarifária adotada em seu primeiro mandato, com a diferença de que agora ele busca uma abordagem mais rígida. Durante seu governo, ele já havia imposto tarifas sobre o aço e o alumínio, mas com algumas isenções. Desta vez, a medida visa alinhar as tarifas dos EUA com as que outros países impõem. O impacto também pode se estender a outros setores, como o aeronáutico, devido à relevância da Embraer nas exportações para os Estados Unidos.
O governo dos EUA, entretanto, estabeleceu acordos com o Canadá e o México, que evitaram a aplicação imediata das tarifas, em troca de compromissos políticos e de segurança. Já a relação com a China se intensifica, com o governo chinês retaliando com tarifas sobre produtos americanos e ações contra empresas como o Google. O desfecho dessa guerra comercial pode impactar globalmente os setores industriais, com o risco de aumento nos custos de produção e redução da competitividade internacional.