Em 2022, um acordo entre o governo dos EUA e a Chevron permitiu que a empresa americana expandisse sua produção de petróleo na Venezuela e exportasse o produto para os EUA, contornando as sanções contra o país sul-americano. Contudo, o presidente Donald Trump anunciou a revogação dessa licença em fevereiro de 2025, alegando que o governo de Nicolás Maduro não havia cumprido compromissos em relação a reformas eleitorais e ao repatriamento de imigrantes venezuelanos ilegais, como acordado com Washington.
O fim da licença da Chevron pode afetar diretamente a economia da Venezuela, já que a empresa exportava cerca de 240 mil barris de petróleo por dia, representando mais de um quarto da produção do país. A medida também dificulta a compra de petróleo venezuelano pelas refinarias dos EUA, que estão sujeitas às sanções americanas. A Chevron afirmou que está avaliando as implicações do anúncio e os impactos sobre suas operações no país.
O governo da Venezuela reagiu à decisão de Trump, criticando a revogação como prejudicial tanto para a população venezuelana quanto para os próprios Estados Unidos. A vice-presidente Delcy Rodríguez afirmou que essa medida poderia afetar a segurança jurídica e as relações internacionais do país, além de agravar a situação econômica da Venezuela, que já enfrenta desafios devido às sanções. Maduro e seus aliados reiteraram a resistência às medidas externas e a alegação de que as dificuldades do país são resultado de uma guerra econômica.