O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (4) que irá fechar a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID), responsável por cerca de 40% da ajuda humanitária mundial. A decisão ocorreu após críticas públicas de Elon Musk, que alegou que a agência é uma organização ineficiente e corrupta. A USAID, que foi criada durante a Guerra Fria e é uma das maiores fontes de ajuda humanitária no planeta, tem enfrentado críticas, mas também foi reconhecida por sua atuação em diversas áreas, como saúde, segurança e combate à corrupção. Trump confirmou que todos os funcionários não essenciais da agência serão afastados a partir de sexta-feira, e que medidas drásticas também estão sendo tomadas para reduzir os custos com ajuda externa.
A USAID, que opera de forma independente, tem um orçamento anual de bilhões de dólares, com o apoio de mais de 10 mil funcionários. No entanto, sua atuação tem sido alvo de controvérsia ao longo dos anos, com acusações de envolvimento em operações clandestinas e até mesmo de colaboração com a CIA. O governo dos EUA já havia suspendido parte dos fundos destinados a ajuda externa global, o que afetou programas em diversas regiões do mundo, como campos de refugiados e hospitais de campanha.
Em meio a esse cenário, Elon Musk, que está à frente de um departamento responsável por promover eficiência no governo, se manifestou favorável ao fechamento da agência, chamando-a de “ninho de vermes”. Embora a medida seja vista como uma vitória para Musk, ela pode trazer repercussões significativas, já que a USAID desempenha um papel fundamental no financiamento de ações humanitárias. A suspensão da ajuda externa também pode resultar em cortes em programas de assistência a populações vulneráveis, como o tratamento de doenças e a remoção de minas terrestres em zonas de guerra.