O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que irá fechar a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID), órgão responsável por aproximadamente 40% da ajuda humanitária global. A medida veio após críticas do bilionário Elon Musk, que classificou a agência como um “ninho de vermes” e sugeriu que deveria ser encerrada. Em resposta, Trump afirmou que a USAID está envolvida em fraudes e anunciou a suspensão de todos os funcionários não essenciais da agência. A decisão também inclui a remoção de altos funcionários da segurança da agência, o que gerou polêmica.
Fundada na década de 1960, durante a presidência de John F. Kennedy, a USAID é uma agência independente que coordena a maior parte da ajuda humanitária dos Estados Unidos ao redor do mundo. A organização tem sido alvo de críticas por sua atuação em áreas sensíveis, como em políticas controversas no Peru e por sua relação com a CIA. Em 2023, os EUA destinaram cerca de US$ 72 bilhões por meio da agência para ações humanitárias, mas a USAID sempre teve uma atuação questionada, com alegações de colaborar em atividades que não estavam inteiramente voltadas para o bem-estar humanitário.
Além do fechamento da USAID, o governo Trump já havia ordenado um congelamento significativo nos fundos de ajuda externa, o que impactou diversos programas em áreas afetadas por crises humanitárias. Musk, que atualmente comanda o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), defende a redução do gasto com assistência externa e afirma que a medida pode contribuir para reduzir o déficit dos EUA em até US$ 1 trilhão. A decisão reflete a política “América em primeiro lugar” de Trump, que visa reduzir a participação dos EUA em acordos e programas globais de ajuda.
