O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo (9) que suspenderá toda a ajuda financeira à África do Sul, alegando que o país está violando direitos humanos de maneira significativa. A decisão foi fundamentada na política de reforma agrária adotada pelo governo sul-africano e no caso envolvendo acusações contra Israel na Corte Internacional de Justiça. A Casa Branca já havia formalizado essa medida com uma ordem executiva na sexta-feira (7), que também inclui um plano para reassentar fazendeiros sul-africanos brancos como refugiados.
Trump justificou o corte da assistência alegando que a política de redistribuição de terras na África do Sul prejudica a população branca, especialmente no que se refere às leis de propriedade. O empresário Elon Musk, que possui laços próximos com Trump, também se manifestou, defendendo a causa de minorias brancas no país. Em 2023, os Estados Unidos haviam alocado quase US$ 440 milhões em ajuda à nação africana, um valor considerável que agora será suspenso até novo aviso.
O governo sul-africano, por sua vez, contestou a decisão, destacando que a ordem executiva de Trump não leva em consideração o contexto histórico de colonialismo e apartheid que o país viveu. A África do Sul expressou seu descontentamento com a abordagem de Washington, que, segundo eles, carece de precisão e compreensão dos desafios sociais e históricos enfrentados pelos sul-africanos.