O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que, caso os países afetados pela imposição de tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio respondam com medidas retaliatórias, os EUA aumentarão automaticamente suas próprias tarifas. A declaração foi feita em 10 de fevereiro de 2025 e tem impacto direto na economia brasileira, já que os Estados Unidos são os principais compradores de ferro, aço e alumínio do Brasil. Trump defendeu a medida como uma ação recíproca e ressaltou que, mesmo com possíveis aumentos nas tarifas, os países afetados não podem retaliar de forma significativa, pois, segundo ele, os Estados Unidos são essenciais para a economia de outros países.
O Brasil exportou US$ 6,37 bilhões em ferro, aço e alumínio em 2024, com US$ 6,10 bilhões correspondendo a ferro e aço e US$ 267 milhões a alumínio. O comércio foi realizado principalmente com os Estados Unidos, que são o maior destino de ferro e aço brasileiro e ocupam a segunda posição no comércio de alumínio. De acordo com dados do Comex Stat, 40,8% das exportações brasileiras de ferro, aço e alumínio em 2024 foram destinadas aos Estados Unidos.
Essas tarifas e possíveis aumentos podem afetar ainda mais a balança comercial entre Brasil e Estados Unidos. O governo brasileiro deve se preparar para possíveis impactos, considerando que o mercado norte-americano tem grande relevância para as exportações brasileiras desses produtos. O cenário cria um clima de incerteza para as empresas que dependem do comércio com os Estados Unidos e pode exigir ajustes nas estratégias comerciais do Brasil.