O governo Trump iniciou a demissão de centenas de funcionários da Administração Federal de Aviação (FAA), afetando especialmente trabalhadores em período probatório, que receberam avisos de demissão por e-mail na noite de sexta-feira. Os cortes atingiram principalmente funcionários envolvidos na manutenção de radares e sistemas de navegação, além de pessoal vinculado a um radar de alerta precoce para detecção de mísseis em Hawaii, um projeto financiado pelo Departamento de Defesa. Embora um funcionário da FAA tenha confirmado que controladores de tráfego aéreo não foram afetados pelas demissões, o sindicato dos controladores de tráfego aéreo afirmou estar avaliando o impacto das demissões na segurança da aviação.
As demissões ocorreram em meio a preocupações sobre a escassez de controladores de tráfego aéreo nos Estados Unidos, especialmente após uma série de incidentes envolvendo aeronaves em aeroportos do país. Essas falhas operacionais têm sido associadas a uma série de desafios enfrentados pela FAA, incluindo remuneração não competitiva, longas jornadas de trabalho e aposentadorias obrigatórias. Além disso, a demissão de funcionários ligados a programas de segurança nacional gerou preocupações sobre a continuidade de atividades críticas de defesa, especialmente no contexto do radar de segurança em Hawaii.
Os funcionários afetados, como Charles Spitzer-Stadtlander, mencionaram que a demissão foi abrupta e sem explicação clara, com alguns indicando que o motivo pode ter sido seu posicionamento político. Embora alguns funcionários tenham argumentado que suas funções eram essenciais para a segurança nacional, outros apontaram que o processo de demissão parecia ser parte de um esforço mais amplo do governo para reduzir custos e reestruturar a FAA. O impacto dessas demissões, principalmente em um momento crítico para a segurança aérea, continua a ser avaliado pelas autoridades.