O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) retomou o julgamento sobre o pedido de cassação da chapa de uma candidatura, acusada de arrecadação ilícita de recursos durante a campanha de 2022. A procuradora regional eleitoral solicitou a inelegibilidade dos envolvidos, alegando que não foi possível comprovar a destinação de aproximadamente R$ 10 milhões recebidos de fundos públicos e utilizados na campanha. Além disso, o Ministério Público Eleitoral apontou irregularidades nas contratações de fornecedores que tiveram seus sigilos bancários quebrados.
O desembargador responsável pelo caso, Rafael Estrela, pediu vistas para ajustes em seu voto, e a sessão foi aberta nesta terça-feira. O julgamento é composto por sete desembargadores. Durante a última audiência, a defesa dos acusados argumentou que não existiam provas suficientes das acusações e ressaltou que as contas da campanha de 2022 já haviam sido aprovadas pela Justiça Eleitoral, com trânsito em julgado, sem recurso por parte do Ministério Público.
A procuradora Neide Cardoso sustentou que, apesar da aprovação formal das contas, a suspeita de ilegalidade nas arrecadações e nos gastos da campanha é válida. Ela defendeu a cassação dos diplomas dos acusados e a inelegibilidade por oito anos, após as eleições de 2022, caso as acusações sejam confirmadas. O julgamento segue com a análise das evidências e as possíveis consequências legais para os envolvidos.