O Tribunal de Apelações do 9º Circuito dos EUA manteve a decisão de bloquear a ordem executiva do presidente Donald Trump, que buscava encerrar a cidadania por direito de nascença para filhos de imigrantes indocumentados ou com vistos temporários. A medida foi tomada após o tribunal concluir que a ordem executiva violava a Constituição dos EUA, especificamente a Décima Quarta Emenda, que garante a cidadania a qualquer pessoa nascida em solo americano, independentemente do status de imigração dos pais.
A decisão ocorreu após um pedido de emergência feito pelo Departamento de Justiça para que a retenção da ordem fosse anulada. O painel do tribunal, composto por juízes indicados por presidentes de diferentes partidos, rejeitou o pedido, com a juíza Danielle Forrest, indicada por Trump, explicando que não havia urgência suficiente para justificar uma intervenção imediata do tribunal. O caso agora seguirá para uma análise mais aprofundada no tribunal, com argumentos agendados para junho.
A ação foi movida por procuradores-gerais de estados liderados por Washington, que questionam a autoridade do presidente em modificar a cidadania por direito de nascença. Este processo faz parte de uma série de desafios legais às políticas de imigração de Trump, com o tribunal destacando que a disputa não se refere exclusivamente a imigração, mas a direitos constitucionais que estão além da autoridade do presidente.