Uma possível trégua entre duas facções criminosas foi confirmada por serviços de inteligência, após a análise de mensagens encontradas em celulares de membros dessas organizações. O acordo tem como objetivo fortalecer as facções dentro dos presídios federais e pressionar por benefícios, como a autorização de visitas íntimas. Atualmente, as condições nas unidades prisionais federais são mais rigorosas do que nas estaduais, o que motiva as negociações para melhorar as condições dos membros.
As informações sobre a trégua surgiram após o monitoramento de autoridades estaduais e federais, e foram corroboradas por membros do Ministério Público de São Paulo, além de investigadores de outros estados. A trégua foi negociada por advogados, com visitas aos líderes das facções que estão em presídios federais. Um aviso foi emitido para os integrantes das facções, instruindo-os a seguir a ordem nacional de cessar os ataques, uma medida que já é praticada há anos em algumas regiões.
Embora as autoridades monitorem a situação, há uma preocupação crescente sobre a possibilidade de a trégua se expandir para fora dos presídios e impactar o tráfico de drogas e armas. O Ministério Público acompanha atentamente as movimentações tanto dentro das unidades prisionais quanto nas ruas. No entanto, o secretário nacional de Políticas Penais afirmou que não há risco de alteração nos regimes prisionais federais, destacando que muitas especulações sobre o tema ainda não foram confirmadas.