O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) rejeitou, por 5 votos a 2, o pedido de cassação da chapa do governador e do vice-governador, acusados de irregularidades financeiras durante a campanha eleitoral de 2022. A acusação, feita pelo Ministério Público Eleitoral (MPE-RJ), envolvia supostas práticas ilícitas de gastos, com um valor de R$ 10 milhões relacionados à contratação de fornecedores. No entanto, o relator do caso, desembargador Rafael Estrela, destacou que não haviam provas suficientes para comprovar as irregularidades no uso dos recursos de campanha.
O julgamento contou com os votos favoráveis à absolvição de outros desembargadores, incluindo as desembargadoras Daniela Bandeira, Tathiana de Carvalho Costa, Kátia Junqueira e o presidente do TRE-RJ, Henrique Carlos de Andrade Figueira, que acompanharam a decisão do relator. A argumentação central para os votos favoráveis foi a insuficiência de provas quanto ao mau uso dos R$ 19 milhões de verba de campanha.
Em contrapartida, os desembargadores Peterson Barroso Simão e Ricardo Perlingeiro votaram contra a aprovação das contas de campanha, apontando que não havia explicações adequadas nas notas fiscais apresentadas, além de alegações de irregularidades com o uso de intermediários para a comprovação dos gastos. A divergência entre os votos resultou na manutenção da chapa, sem a aplicação da cassação.