O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) decidiu, por 5 votos a 2, rejeitar o pedido de cassação da chapa do governador e do vice, acusados de irregularidades nos gastos da campanha de 2022. O Ministério Público Eleitoral apontou suspeitas de malversação de recursos públicos, especificamente em relação a R$ 10 milhões gastos na contratação de fornecedores. No entanto, o relator do caso, acompanhado pela maioria dos desembargadores, argumentou que o MP não conseguiu apresentar provas concretas de irregularidades no uso do montante de R$ 19 milhões destinados à campanha.
O julgamento contou com a manifestação dos desembargadores que votaram a favor da absolvição, entre eles o presidente do TRE-RJ, que seguiu a linha de defesa do relator, reconhecendo a falta de evidências substanciais de fraude. No entanto, dois desembargadores se posicionaram contra, apontando falhas nas notas fiscais de campanha e suspeitas de manipulação de documentos para ocultar irregularidades.
Este julgamento se deu em meio a uma análise detalhada das contas de campanha, que incluiu discussões sobre a falta de transparência nas explicações fornecidas pelos responsáveis pela prestação de contas. Embora a maioria dos votos tenha favorecido a chapa, o caso evidencia um debate mais amplo sobre a necessidade de maior rigor na fiscalização de campanhas eleitorais e o uso de recursos públicos.