Em um caso alarmante ocorrido no Rio Grande do Sul, a Polícia Civil concluiu as investigações sobre o envenenamento de quatro pessoas de uma mesma família em Torres, no litoral norte do estado. A tragédia começou em setembro de 2024 com a morte de um membro da família, após consumir alimentos contaminados com substâncias tóxicas. O crime passou despercebido inicialmente, mas em dezembro, o envenenamento se repetiu, resultando na morte de três mulheres da família, que consumiram um bolo envenenado com arsênio. A investigação revelou que uma das envolvidas teria sido a responsável pela preparação do bolo, direcionado principalmente à sua sogra.
O desfecho do caso foi ainda mais sombrio, quando a investigada, que estava presa desde janeiro de 2025, foi encontrada morta em sua cela antes de ser formalmente indiciada. O fato gerou novos mistérios e complicou a elucidação dos motivos e responsabilidades no crime. Durante a investigação, foram encontrados bilhetes escritos pela investigada, revelando a tensão e os conflitos familiares, e uma camiseta com a palavra “inocente”, sugerindo uma tentativa de defesa de sua imagem. Contudo, a morte da suspeita antes do indiciamento fez com que o Ministério Público solicitasse o arquivamento do caso, conforme estabelece o Código Penal.
Apesar da morte de uma das investigadas e do fim da punibilidade, a tragédia teve uma sobrevivente: a sogra do alvo do envenenamento, que conseguiu sobreviver após ingerir o bolo contaminado. Além disso, uma criança de 10 anos que também consumiu o bolo se recuperou totalmente. A investigação apontou que o bolo foi preparado em um local e contaminado em outro, o que complicou ainda mais os desdobramentos do caso. O caso continua a ser um marco trágico e complexo para a comunidade local.